A autônoma Andressa dos Santos Freitas, de 26 anos, foi encontrada desacordada e com marcas de agressão no chão de uma viela de um conjunto habitacional, no bairro Santo Antônio, em Guarujá, na manhã de 24 de julho, por volta das 8h.
A Polícia Militar informou ter sido acionada para atender a “ocorrência de agressão”, mas ao chegar no local, a vítima já havia sido levada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Rodoviária e transferida para o Hospital Santo Amaro (HSA).
Segundo a delegada Lígia Christina Villela, do DP Sede de Guarujá, testemunhas disseram que Kevin passou a discutir com Andressa motivado por ciúmes e queria que
ela deixasse de dançar de forma sensual. Ele teria afirmado para uma testemunha que a companheira ‘iria se dar mal’.
Uma outra testemunha disse à polícia que viu o momento em que o casal chegou junto, de carro, por volta das 8h15 ao conjunto habitacional. Ela teria descido do carro e Kevin batido a porta do veículo com força. Na sequência, ele desceu e tomou à frente dela gritado: “olha nos meus olhos”. No momento, a testemunha pensou se tratar de uma briga de casal e continuou o trajeto.
Outras testemunhas revelaram à polícia que o casal tinha um relacionamento instável e que Andressa é muito reservada. Algumas pessoas contaram que já viram a vítima com hematomas e teriam presenciado Kevin dando um tapa no rosto dela em uma outra festa no Dia dos Namorados. No entanto, nenhuma agressão anterior teria sido registrada.
“Na data dos fatos ele foi ouvido porque se apresentou junto com a família como se tivesse descoberto naquele momento que a Andressa tinha sido vítima de agressão. Ele disse que foram no baile juntos e que ela foi embora do baile sem ele, antes dele. No dia seguinte, quando ele estava chegando de bicicleta viu Andressa caída”, disse Lígia.
Além da versão dele ser diferente da apresentada por testemunhas, Kevin teria confessado o crime em uma conversa pelo WhatsApp com uma irmã da vítima. “Pediu desculpa, falou que não sabe o que aconteceu com ele naquele momento, que se arrependia, que eles estavam chateados, mas que ele pedia desculpas e que não era um monstro”.
Para a delegada, a confissão do crime pelo WhatsApp é mais um indício para a Polícia Civil sobre ele ser suspeito pela agressão. “O mais grave foi o fato dele ter apresentado uma versão e as testemunhas terem visto outras coisas”.